Talvez você esteja ganhando dinheiro com investimentos tradicionais indicados pelo banco, principalmente em fundos de renda fixa como títulos do Tesouro Direto ou Fundos de Renda Fixa. Mas se você conhece um pouco do mercado financeiro, sabe que pode ter um rendimento melhor ao investir na bolsa de valores. Se esse é o seu caso, você deve ter se imaginado investindo no mercado de ações e tendo lucros ainda maiores com o mesmo valor em investimentos.
Muitas pessoas conhecem a renda variável e têm curiosidade, mas acham que é muito difícil investir dessa forma. Por isso, elas têm medo de acabar perdendo dinheiro por falta de experiência ou conhecimento.
Fazer bons investimentos realmente requer estudo e dedicação, mas não é difícil quando se sabe os fundamentos do mercado e boas táticas ao investir. Se você está disposto a aprender e ganhar dinheiro com os seus investimentos, leia as dicas e ao final você saberá o caminho para começar a investir na bolsa de valores.
O que é o mercado de ações e como funciona?
É um mercado online onde os investidores se encontram para comprar e vender ações e outros títulos financeiros. Basicamente, é uma feira. O mercado existe, entre outros motivos, para ajudar empresas que querem levantar recursos e investidores que querem participar dos lucros das empresas. Para levantar estes recursos, as empresas oferecem suas ações que são uma parte da companhia.
As ações podem ser de dois tipos: ordinárias e preferenciais. O tipo que o investidor vai escolher depende de sua finalidade ao fazer o aporte, conforme explicação abaixo.
Então, para organizar as ofertas de várias empresas que buscam aportes é que foi organizado o mercado de ações, unindo quem procura investir e quem quer vender ações, por meio da bolsa de valores.
Ações Preferenciais e Ordinárias
A principal diferença entre os dois tipos de ação é que quem tem ações ordinárias tem direito de voto nas assembleias de acionistas. Já as ações preferenciais não dão direito a participar das decisões da empresa. Em troca, elas permitem o recebimento de dividendos maiores do que as ações ordinárias. Além disso, quem tem ações preferenciais, como indica o nome, tem a prioridade no recebimento de reembolso do capital.
Como é possível lucrar na bolsa?
- Com a valorização das ações.
- Com o recebimento de parcela do lucro das empresas, distribuído com os acionistas, em forma de dividendos ou juros sobre capital.
- Também é possível alugar suas ações fazendo um empréstimo de ativos e ganhar um rendimento extra, caso esteja investindo em longo prazo.
- Ou se você for o tomador do empréstimo ou aluguel, pode vender as ações e ganhar no curto prazo com a queda da bolsa, operação chamada de venda alugada.
- Operando com derivativos e mercado futuro, operações para investidores mais experientes.
Códigos de negociação de ações
A princípio, quando se observa no home broker, ou em outra plataforma, a maneira como as ações são apresentadas pode parecer uma sopa de letrinhas sem sentido. Mas uma vez que se entende o significado, os códigos são bem simples de identificar.
Pra começar, as letras indicam o nome da empresa, como PETR para Petrobras ou BBAS para Banco do Brasil. Simples, não é mesmo? Já a numeração que vem depois é um pouco mais complexa, e segue a descrição abaixo:
1 e 3
O número 1 depois das letras indica que aquela ação dá direito de subscrição (compra) de uma ação ordinária. Já o 3 indica que aquela é uma ação ordinária com direito a voto.
2 e 4
O número 2 indica o direito de subscrição de uma ação preferencial. O número 4 também se refere às ações preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos.
5, 6, 7 e 8 – São papéis preferenciais, mas de classes diferentes.
9 – Se refere ao direito de subscrição de uma ação ordinária, como um recibo.
10 – também se refere a um recibo de direitos sobre ações, porém das preferenciais.
11 se refere a ativos de valores mobiliários como BDRs (Brazilian Deposit Receipts) e para Units, que são ativos compostos por mais de uma classe de valores mobiliários, como uma ação ordinária e um bônus de subscrição, por exemplo, negociados em conjunto.
Quais são as formas de investir?
Fundos de investimentos em ações: nessa modalidade, o investidor de um fundo de investimento compra cotas de um fundo de ações. São os fundos de renda variável oferecidos e administrados por uma corretora ou um banco. Desta forma, o investidor não está adquirindo ações, mas sim cotas de um fundo.
Clubes de investimento: são grupos de pessoas que se unem para investir. Ganhos e perdas são divididos proporcionalmente entre os membros de acordo com o quanto investiram. Quem investiu mais ganha na mesma proporção, da mesma forma que quem investiu menos ganha ou perde menos. Todos os clubes de investimento têm representantes e estatutos sociais. No clube de investimentos as decisões são tomadas sempre em conjunto: todos os membros podem opinar e contribuir nas assembleias do clube.
Fundos de índices (ETFs): são fundos que buscam obter o retorno de índices, que representam os desempenhos de determinados setores de mercado, com cotas que você compra na Bolsa. Os ETFs são indicados para quem não tem experiência ou quer correr menos riscos. Ao investir em conjuntos de ações de maiores e menores riscos o resultado é um risco total menor. Além disso, o investidor pode comprar ou vender suas cotas, da mesma forma que faria com ações. Os dividendos são automaticamente reaplicados no próprio ETF.
Compra direta: Você pode escolher sozinho, ou com ajuda de um consultor, as ações que deseja comprar. Depois, transmite a ordem para a corretora por telefone ou pelo Home Broker, plataforma que a corretora oferece para compra e venda de ações, tudo de forma online.
A vantagem dessa forma de investir na bolsa de valores é que você poderá comprar, vender ou alugar quantas e quais ações quiser, quando quiser.
A partir de quanto posso investir na bolsa de valores?
Não existe um valor mínimo, o que você precisa avaliar é o valor das cotas e a quantidade de cotas que pretende adquirir.
Para novos investidores, que estão aprendendo a investir na bolsa, recomendo começar investindo pequenos valores, por meio de fundos de ações. Depois, ao ir adquirindo experiência e confiança, é possível evoluir aos poucos para montantes maiores, passar para os ETFs e depois operar ações diretamente no home broker.
Sobre os valores, sugiro que se você possui menos de R$ 12 mil, invista em fundos de ações ou ETFs. Se possuir mais de 12 mil, pode dividir em 4 ações e começar a diversificar. O ideal é que você comece com 20 mil reais, divididos em 5 ações de diferentes setores.
Como você paga taxas na compra e na venda das ações, e eu sugiro que estas taxas nunca ultrapassem 1% do total das compras e vendas, você pode pagar 15 reais na compra e 15 na venda, somando R$ 30,00, que são 1% de 3 mil reais. Daí a lógica de ter no mínimo 3 mil reais e 4 ações.
Intermediação no mercado de capitais
Ninguém pode operar no mercado inteiramente sozinho, pois a compra não é feita diretamente entre o investidor e a empresa. Você precisará de uma corretora de valores para realizar suas operações. Abaixo estão os atores do mercado:
Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVMs) e as Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs)
Não tem como investir sem ter uma conta em uma corretora, então, esse é um fator que deve ser considerado desde o início. A primeira coisa a se fazer antes de investir é escolher uma corretora e abrir uma conta para que, então, possa começar a investir.
Uma dica importante então é escolher uma corretora de confiança, listada na CVM, B3 e CETIP. Depois, compare as taxas de administração cobradas pelas corretoras. Mesmo pequenas diferenças percentuais podem fazer um grande impacto no resultado, tirando uma parte do seu lucro.
O caminho mais cômodo pode ser o de abrir uma conta na corretora do seu próprio banco, mas não indico esta opção, por motivos que você verá no curso gratuito para iniciantes na bolsa.
Bancos de investimentos
Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário. Eles atuam no financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros, de acordo com o Banco Central. São constituídos sob a forma de sociedade anônima e devem adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão “Banco de Investimento”.
Ou seja, nesse banco você não pode ter conta corrente. Eles também não podem captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados.
Bancos múltiplos com carteira de investimento
Os bancos que são maiores e mais conhecidos na verdade não são apenas bancos comerciais. Ou seja, não são apenas feitos para administrar conta corrente e poupança dos correntistas. Instituições como Itaú, Bradesco e Santander estão nesta categoria, de bancos comerciais. Eles são chamados assim pois oferecem pelo menos dois tipos de serviço. No caso, além de serem bancos comerciais também são bancos de investimentos e têm corretoras, por meio das quais você pode abrir uma conta com mais praticidade.
Porém, o indicado é sempre pesquisar para saber qual a melhor taxa do mercado antes de investir.
Agentes autônomos de investimento
Os agentes são profissionais capacitados obrigatoriamente com certificação específica.
De acordo com a CVM, Comissão de Valores Mobiliários, que regula o setor:
- O agente autônomo atua na prospecção e captação de clientes, recepção e registro de ordens e transmissão dessas ordens para os sistemas de negociação ou de registro cabíveis;
- Também atua na prestação de informações sobre os produtos oferecidos e sobre os serviços prestados pela instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado.
Esse profissional pode atuar diretamente como pessoa natural, mas, também, por meio de uma sociedade constituída com esse fim exclusivo. A corretora XP é um exemplo desse tipo de sociedade.
O agente autônomo deve exercer suas atividades sempre através de uma instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários, em nome da qual atua como representante.
Muitas corretoras oferecem o serviço de consultoria sobre investimentos “de graça”. Isso por que o pagamento ao consultor já está embutido na taxa de administração que o investidor paga para a corretora.
Então qual a vantagem de procurar um agente autônomo de investimento? O consultor da corretora ou do banco pode ter um conflito de interesses. Isso pois ele precisa indicar o que é melhor para o investidor e também os investimentos que o banco ou corretora tem interesse em vender.
Já o agente independente não teria esse conflito e pode apenas focar no interesse do seu cliente, o investidor. Para isso, ele cobra pelo seu honorário. Um consultor pode ajudar a fazer um planejamento de investimentos inclusive para o longo prazo, ou ajudar a definir estratégias de investimento.
Entenda os tipos de risco e quais você aceita
Antes de começar a operar, é importante que você saiba quais são os riscos. Isso por que um investimento só pode ser comparado com outro que tenha o mesmo grau de risco. Por exemplo, não se pode comparar uma ação com um título público. Eles têm rentabilidades diferentes e graus de risco diferentes. O grau de risco está atrelado aos fatores:
Risco de mercado: perdas decorrentes de oscilações nos preços e taxas.
Risco de crédito: incerteza em relação ao recebimento do valor contratado, emprestado ou, no caso, a ser pago por quem tomou o investimento.
Risco de liquidez: risco de impossibilidade de receber pelo ativo um volume ou preço “justo” no momento em que precisa se desfazer dele. Por exemplo, liquidez diária é quando você pode vender o ativo em qualquer dia, sem prejuízo no valor. Já quando existe um prazo determinado para a venda, quem vende antes recebe um valor menor.
Risco operacional: risco advindo de falhas de máquinas, processos ou até pessoas, enfim, tudo o que estiver relacionado ao trabalho operacional.
Entender os riscos ajuda a compreender a lógica do mercado de ações. O mercado variável oferece mais riscos do que o de renda fixa, e por isso pode oferecer maior rentabilidade. É o chamado Prêmio de Risco. Quanto maior o risco que o investidor está disposto a ter, maior a taxa de juros que pode ser oferecida em troca.
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